sexta-feira, 5 de junho de 2020

Miguel, menino negro e filho de empregada doméstica, morreu por negligência da patroa branca



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Miguel morreu depois de ficar aos cuidados da patroa de sua mãe, Sarí Côrtes Real | Foto: reprodução/FacebookMais


Por Caê Vasconcelos

Em meio à pandemia mundial do coronavírus, Mirtes Renata Souza não pode fazer isolamento social. A empregada doméstica não foi dispensada por sua patroa, Sarí Gaspar Côrte Real. Nesta terça-feira (2/6), Mirtes precisou levar seu único filho, Miguel Otávio Santana da Silva, 5 anos, para o trabalho. Mas não voltou para casa com ele.

A pedido da patroa, Mirtes foi passear com os cachorros da casa e deixou Miguel aos cuidados de Sarí. Imagens de um vídeo do circuito interno do prédio luxuoso em São José, centro do Recife, capital pernambucana, mostram que, minutos depois, Miguel e Sarí conversaram no elevador.
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A mulher, então, aperta um botão e a porta se fecha. O elevador para no 7º andar, mas Miguel só desce no 9º. Minutos depois, o menino escalou uma grade, na área dos aparelhos de ar-condicionado, que fica na ala comum do andar, fora do apartamento, e caiu. Sarí é esposa de Sérgio Hacker (PSB), prefeito de Tamandaré, litoral sul a 104,3 km de Recife.

Ela foi presa em flagrante, mas, ao pagar fiança de R$ 20 mil, responderá em liberdade por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), disse o delegado Ramon Teixeira, responsável pelo caso, em coletiva virtual de imprensa nesta quinta-feira (4/6).

O prédio de onde Miguel caiu é uma das “torres gêmeas”, encravadas em local de patrimônio histórico, entre diversas construções tombadas, e que foram levantadas debaixo de disputa judicial. Os dois espigões de alto luxo de 41 andares foram alvo de protesto e apagados do filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, que tinha como um de seus temas justamente a especulação imobiliária promovida pela elite.

A historiadora Larissa Ibúmi, mestranda em história social da diáspora centro-africana, usou seu Instagram para chamar a atenção do componente racista da trágica morte de Miguel. “A história desse país de herança escravista (e esta história) mostra que, para essa patroa branca, uma criança negra não vale mais que seus cachorros. Hoje eu novamente tenho dificuldade de respirar pensando na mãe de Miguel e em todas as mães de crianças pretas nesse país”, escreveu.

Em entrevista ao G1 de Pernambuco, Mirtes lamentou a morte do filho: “Ela [Sarí] confiava os filhos dela a mim e a minha mãe. No momento em que confiei meu filho a ela, infelizmente ela não teve paciência para cuidar, para tirar [do elevador]. Eu sei, eu não nego para ninguém: meu filho era uma criança um pouco teimosa, queria ser dono de si e tudo mais. Mas assim, é criança. Era criança”.

Mirtes também contou que Miguel era uma criança cheia de sonhos. Queria ser jogador de futebol e policial. Seu aniversário de 5 anos trouxe a primeira paixão do menino: a bola.

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Mirtes com o filho Miguel | Foto: reproduçãoMais

A advogada criminalista Priscila Pamela dos Santos, integrante do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) e presidente da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil – São Paulo), considera que o caso não poderia ser enquadrado em homicídio doloso (quando se há intenção de matar).

“O caso é muito triste. Uma criança morta é uma tragédia irreparável. Não dá para expressar em palavras o sentimento de tristeza. Como técnica, não dá para gente ir para um lado punitivista. É um caso de homicídio culposo e ele é ainda mais complexo porque não se trata de uma ação. A pessoa não empurrou a criança, mas é uma conduta omissiva no sentido de não ter impedido essa criança”, explica.

Priscila explica como, judicialmente, a omissão pode ser configurada. “A mãe, ao deixar a criança com a patroa, passa a ela os cuidados. De forma negligente, ela [a patroa] deixa que essa ausência de cuidado gere o resultado morte”, continua a advogada.

Para Priscila, é perigoso pedir uma punição mais severa nesse caso, pois isso poderia prejudicar mães e trabalhadoras em outras ocasiões. “Quantas mães precisam trabalhar e deixam seus filhos sozinhos? A criança tem que pegar um elevador para ir para a escola [e se coloca] em risco. Temos que tomar muito cuidado porque, quando for a babá negra cuidando da criança, vão legitimar os discursos para homicídio doloso”, argumenta.



A negligência de Sarí e do prefeito Sérgio Hacker é anterior à morte de Miguel. Em 22 de abril, Hacker gravou um vídeo afirmando que ele e a esposa testaram positivo para a Covid-19. Mesmo assim, os trabalhos de Mirtes não foram dispensados. Ao G1, a doméstica confirmou que também foi infectada pelo coronavírus, assim como Miguel.
‘Coisificação da vida negra’

Após a morte de Miguel vir à tona, uma petição online, pedindo justiça, foi criada. Até o início da noite desta quinta-feira (4/6), o abaixo-assinado já reunia mais de 360 mil assinaturas.

Diversas organizações e movimentos sociais se pronunciaram repudiando a morte do menino e destacando o componente racista dela. Um nota assinada por mais de 10 entidades, entre elas a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, pediu justiça para o caso e destacou a negligência de Sarí. “Trata-se de evidente desprezo e coisificação da vida negra. Miguel morreu no dia em que a PEC das Domésticas completou cinco anos e esse aniversário da legislação de proteção das domésticas diz muito sobre nosso país que não superou sua herança escravagista e racista”.

A rapper Preta Rara usou seu Instagram para comentar o caso. Ela é historiadora e escreveu o livro “Eu, Empregada Doméstica”, lançado em 2019, com relatos de centenas de mulheres que, assim como ela, viveram situações de racismo e humilhação atuando como trabalhadoras domésticas no país.

“Quem liga pra vidas das pessoas pretas? As crianças pretas têm que se virar sozinhas desde muito cedo. Eu falo muito sobre as relações coloniais do trabalho doméstico. Hoje eu acordei lendo essa notícia e meu coração está despedaçado”, disse Preta na postagem.

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"Sarí Cortês, que você nunca mais tenha paz", escreve Preta Rara em sua conta no Instagram | Foto: reprodução/InstagramMais

“Essa da foto é a cara das patroas por esse Brasil, que não suporta preto e pobre. Eu mesma já tive várias como essa Sari, várias patroas que reclamam de outras domésticas antes de mim que tinham filhos e que as vezes traziam para o serviço”, continuou.

Análise muito semelhante fez a historiadora Larissa Ibúmi ao se pronunciar sobre o caso em sua conta do Instagram. “Provavelmente, a maioria das pessoas brancas ditas antirracistas que participaram da ‘campanha’ blackout na terça, seja postando telas pretas em seus perfis, seja indicando e se propondo a dar visibilidade ao trabalho de pessoas negras, tenham pensado que isso geraria algum conforto, que a parte que lhes cabe nesse genocídio sistêmico estava compensada. Mas não existe trégua, o racismo não dá trégua”, lamentou Ibúmi.

“Enquanto as redes estavam subindo as tags ‘blacklivesmatter’, perdemos mais uma criança negra para o racismo enraizado neste país, para a desumanização de pessoas negras. Dessa vez não foi a PM, o braço do estado. Mas ainda foram as mesmas estruturas coloniais, aquelas que mantém mulheres negras à serviço da elite branca, as sinhás. Uma mulher branca manda sua empregada doméstica passear com o cachorro enquanto faz as unhas”, continuou.
Outro lado

A reportagem procurou Sarí Gaspar Côrte Real e Sérgio Hacker por meio da Prefeitura de Tamandaré (PE), mas não obteve retorno até o momento de publicação.

Psicólogos revelam: assar pão pode ser bom para a mente em tempos de crise nacional


Nessa quarentena vocês devem ter percebido nas redes sociais uma tendência maior de aparecer fotos de comidas e pessoas experimentando novas receitas, revivendo culinárias familiares antigas, etc. Não é impressão sua, não! As pessoas tem cozinhado mais no isolamento social. Mas o que chama atenção agora é que psicólogos afirmam que a prática pode ser muito boa para a alma, especialmente a prática de assar pães.

“Ao assar pão , há muita fisicalidade. Amassar a massa e colocá-la na forma correta pode ajudá-lo a aliviar algumas tensões ”, disse à CNN Elizabeth McKay, autora do estudo e professora associada de terapia ocupacional na Universidade Napier de Edimburgo. Fora esse processo físico, há também a parte psicológica que requer paciência na hora em que precisamos esperar que o mão cresça.

Sem contar a importância de se obter um Hobbies que te distraia do ciclo de notícias sobre a pandemia 24h por dia, certo? Cozinhar é um momento em que você pode relaxar e sentir alguma gratificação com algo feito por você. É o momento de sair do automático.

“Gosto do fato de a panificação ser um processo lento, que contraria as vidas rápidas que vivemos normalmente”, disse à CNN Jessica Corradini, de Verona, Itália  . “Fazer pão é lento e envolvente. Ter tempo e energia para se dedicar a esse hobby é um privilégio. ”

Vamos assar pães?

Texto originalmente publicado em mysticalraven e adaptado pela equipe do blog Sabedoria Pura.

Nunca grite ou discuta com uma mulher grávida porque o bebê sofre.

Nunca grite ou discuta com uma mulher grávida porque o bebê sofre.

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A gravidez é uma fase maravilhosa da vida de todas as mulheres, no entanto, isso pode trazer muito estresse ou ansiedade, pois nem todas as mulheres estão preparadas no momento para serem mães ou simplesmente se sentem assustadas com o processo do parto e o estágio da gravidez. .

Às vezes, não somos excluídos de momentos de estresse, tensão ou qualquer discussão que, por insignificante que pareça afetar o bebê, é por isso que é importante manter a calma e evitar todo tipo de emoções fortes que podem desequilibrar sua tranquilidade e causar um efeito contraproducente na sua gravidez.

No momento em que está grávida, você deve estar ciente de que tudo o que você faz ou sente afeta seu bebê tanto positiva quanto negativamente; é por isso que você deve ter calma e cuidar de sua gravidez para que ela seja bem-sucedida, pois os riscos Fortes emoções e discussões durante o evento podem afetar negativamente seu bebê desta maneira:

-Lento crescimento e desenvolvimento do bebê;

Durante a gravidez, devido à alta quantidade de hormônios no corpo, somos mais suscetíveis do que o habitual, pois algumas discussões, estresse ou problemas no ambiente podem alterá-lo facilmente, é recomendável evitar esse tipo de efeito e tentar Pense no bebê e como ele é maravilhoso e será após o nascimento, se, por outro lado, você não puder permanecer positivo e se sentir deprimido ou em um ambiente semelhante, procure ajuda primeiro com sua família e, se persistir, visite um especialista.

– Argumentos podem fazer com que o bebê nasça abaixo do peso ;

isso devido às diferentes alterações hormonais produzidas por mudanças de humor e situações estressantes cotidianas, causando problemas de tensão e desenvolvimento do feto.

– Problemas no desenvolvimento intelectual e psicomotor do feto;

Isso, como o desenvolvimento do peso do bebê, é devido a problemas hormonais, devido a discussões fortes ou repetitivas.

– Uma discussão forte também pode ter como conseqüência o parto prematuro do bebê, conseguindo, à medida que progride, desestabilizando o sistema cardíaco, causando hipertensão gestacional, colocando em risco sua saúde e a da criança.

É importante que você tenha em mente que suas emoções terão efeito durante e mesmo após a gravidez, por isso recomendamos que você aproveite esse tempo maravilhoso como mulher e se prepare para receber o presente incrível que Deus lhe deu.

Fonte:familiayembarazo

terça-feira, 2 de junho de 2020

4 passos para quando o filho dá trabalho e fica irreconhecível fora de casa


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OLE_CNX/SHUTTERSTOCK

Birras, choro, gritos e cenas de mau comportamento de crianças em público costumam deixar os pais em pânico, constrangidos e irritados. Lidar com a situação nem sempre é fácil, mas existem 4 passos que você pode seguir quando seu filho dá trabalho e fica irreconhecível fora de casa. Conheça as dicas da palestrante, escritora e especialista em educação Elisama Santos:

Birra fora de casa: o que fazer com a criança

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MARINA DYAKONOVA/SHUTTERSTOCK

1. O primeiro passo, segundo a especialista, é admitir e reconhecer que o comportamento e reação do adulto responsável pela criança no momento geralmente é influenciado pelo olhar do outro. As pessoas que estão ao redor, presenciando a cena de birra, não devem ser, no entanto, o foco da sua preocupação na hora de tentar controlar seu filho. Dar voz aos olhares alheios é uma das piores coisas que a gente faz, afirma. Ignore as pessoas. Foque em você e no seu filho e na melhor saída para vocês.

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MIA STUDIO / SHUTTERSTOCK

2. Se a crise da criança é muito grande e persistente, saia do ambiente com ela. Simplesmente deixar o local onde está deixa muito claro aos presentes que você não quer e não precisa da opinião deles. Além disso, a medida ajuda a reduzir muito a pressão sobre você e sobre seu filho, deixando grande parte da tensão para trás.

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FRANKRAMSPOTT / ISTOCK

3. Respire fundo e procure se acalmar. Antes de fazer qualquer coisa, silencie a mente, especialmente se sua tagarelice mental insiste em te dizer que você é uma péssima mãe que não sabe educar, e que o seu filho é um pequeno problemático que só te envergonha. Fuja desse tipo de pensamento nocivo. Silencie a voz do julgamento e respire antes de qualquer coisa.

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ATRICKHEAGNEY / ISTOCK

4. Por fim, entenda que apenas depois de aprender lidar consigo mesma você será capaz de lidar com a criança. Quando nos acalmamos, nossa criatividade volta, assim como nossa capacidade de ouvir e conversar. Neste processo, a criança também se tranquiliza, principalmente quando o adulto transmite calma. Depois de ter se acalmado e entendido que a criança está aprendendo a lidar com seus frustrações e se manifesta através dessas explosões, pense na solução. Pode ser conversar, acolher, fazer combinados, mudar o foco da situação, etc.


A arte de dizer "não" às crianças: aprenda a discipliná-las com amor


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Às vezes, colocar limites às crianças é difícil. Elas podem chorar, implorar e exigir o que querem. Você pode se sentir culpado por ter que dizer não, mas não desista, é hora de educá-los.

A psicóloga e especialista em relações familiares Eileen Kennedy-Moore explica que aprender a dizer não às crianças é uma grande responsabilidade e um processo importante, pois assim elas mesmas aprendem quando devem dizer não e estabelecer limite e respeito.

Kennedy-Moore é a autora da obra "The book of no" ("O livro do não", em tradução livre) e suas páginas destacam cinco situações que só admitem um "não" como resposta.

Quando dizer "não" à criança?

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MAMAZA VIA SHUTTERSTOCK

1. Quando ela pode ferir outra pessoa (ou a si mesma)

Evitar danos é a primeira e mais importante razão para dizer não. Se você lhes oferecer uma opção, será mais fácil aceitar sua resposta. Por exemplo: "Não, você não pode pular na cama, pois pode cair ou bater em alguém. Se quiser pular, saia e pule no quintal".

2. Quando é um capricho e não uma necessidade

Embora o marketing queira nos convencer de que precisamos de tudo que é anunciado, não é aconselhável comprar tudo o que você gosta. Você não precisa comprar tudo o que seus filhos querem no supermercado. Você pode reconhecer algo que eles gostam sem ter que comprá-lo. "Não, eu não vou comprar aquele cereal, eu entendo que é o seu favorito, eu também gosto muito, agora vamos comprar o que está na lista".

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3. Quando os planos mudam

Nem tudo acontece como planejado. Uma maneira de compensar o inusitado é ensinar como fazer planos para que isso aconteça novamente. "Não, nós não vamos ao cinema hoje, sua avó ligou para nos convidar para jantar. Podemos ir amanhã".

4. Quando as necessidades de outra pessoa são (temporariamente) mais importantes

As crianças pensam que são o centro do universo. Você pode ajudar o pequeno a perceber que existem outras pessoas com necessidades. "Não, você não pode ir brincar com seus amigos no sábado. Vamos ver a vovó, que se sentiu mal, e nós queremos visitá-la para mostrar que nos preocupamos muito com ela".

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5. Quando algo é contrário aos seus valores

Talvez. por um momento, você se sinta a mãe mais impopular do mundo, mas a única maneira de ensinar seus filhos a respeitar valores é ser firme sobre isso. "Não, eu não vou te comprar essas armas de brinquedo ou videogames violentos porque não acho que eles sejam apropriados. Não vou permitir esses jogos em casa".

Claro, seu filho não vai te agradecer por dizer não (pelo menos não imediatamente), mas, às vezes, dizer-lhes não é o melhor que você pode fazer por eles.

Como acabar com a birra sem perder a paciência nem desrespeitar a criança


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Choros insistentes, cenas de escândalo em lugares públicos, gritos desafiantes, enfim, as características de uma birra infantil deixam pais de cabelos em pé e até mesmo surpresos com a capacidade dos pequenos de tirar qualquer um do sério.

As birras do seu filho são importantes e fazem bem para ele, já que são fundamentais para o desenvolvimento das crianças. Mas é preciso, claro, impor limites. Como fazer isso sem perder a paciência ou desrespeitar os pequenos?

Dicas para acabar com a birra dos filhos

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De acordo com o pediatra Reginaldo Freire, as teorias de disciplina positiva, desenvolvimento neurocompatível e criação com apego ajudam a colocar limites e educar com segurança e firmeza sem, no entanto, mimar a criança.

O primeiro passo é trabalhar a tranquilidade e a paciência. Respirar fundo e transmitir calma à criança ajuda a acabar com a birra, ao contrário dos gritos e das broncas que confundem ainda mais o pequeno e, consequentemente, aumentam o choro. Não é fácil, requer prática, mas não é impossível.

Durante uma birra, procure explicar à criança, com firmeza e seriedade, por que negou o que ela queria. Pode parecer que elas não entendem, mas são, sim, capazes de compreender a mensagem, sem agressões.

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Abrace seu filho. No momento da birra, o sistema nervoso simpático da criança está agitado e descontrolado, o que eleva o hormônio de estresse. O abraço pode estimular a produção de ocitocina, o hormônio do bem-estar, que vai atuar como o freio do comportamento ruim, ajudando o pequeno a dosar as emoções que está sentindo.

Se as birras são frequentes e ocorrem dentro de casa, experimente estabelecer uma rotina estável. O comportamento acontece em momentos de adaptação, como na hora banho, de dormir, de se alimentar. Manter uma rotina torna as situações mais familiares, evitando o estranhamento dos processos.

A longo prazo, os pais precisam entender que paciência e persistência são fundamentais para educar a criança e evitar os castigos.

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O processo é difícil e trabalhoso, mas quando você ensina seu filho de forma respeitosa e sem agressões, faz com que ele seja capaz de conhecer sozinho os caminhos certos e agir de forma adequada mesmo quando você não está presente

Autoestima: 11 frases que parecem inofensivas, mas detonam confiança do seu filho


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Educar filhos não é uma tarefa nada fácil e, algumas vezes, mesmo sem saber, pais cometem erros que podem afetar o desenvolvimento físico, mental e emocional das crianças. E saiba que até mesmo frases aparentemente inofensivas podem prejudicar a autoestima do pequeno em fase de crescimento.

Com base em sua experiência clínica, a psicóloga Ramy Arany elaborou uma lista de frases que nunca devem ser ditas a uma criança.

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Frases que detonam a autoestima da criança

Todas essas expressões traduzem uma realidade dura e muito difícil de ser transformada para uma criança. Muitas vezes, ela cresce ouvindo essas verbalizações e se transforma em um jovem ou em adulto problemático, afirma a especialista.

Saiba quais são as frases negativas e entenda por que elas podem detonar a segurança do seu filho:

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GEORGE RUDY/SHUTTERSTOCK
  1. "Seu irmão (amigo, primo, etc.) foi muito melhor do que você na prova"
  2. "Tudo o que você faz é feio"
  3. "Você parecia um bobo/idiota" (em determinada situação)
  4. "Seu primo é mais bonito/inteligente do que você"
  5. "Se você continuar comendo desse jeito, vai ficar gordo e explodir"
  6. "Vai pentear esse cabelo ruim"
  7. "Meu sonho é que você um dia seja magra"
  8. "Só podia ser você…" (para alguma situação que sai do esperado)
  9. "Você não sabe pensar"
  10. "Você não leva muito jeito para isso..." (esportes, habilidade manuais, etc.)
  11. "Você não sabe fazer nada direito"
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De acordo com a psicóloga, os responsáveis, ao depreciar uma criança e compará-la com o outro, colocando-a em posição inferior, fazem com que ela se sinta menos importante e menos capaz. Essas sensações interferem diretamente na construção da autoimagem e da autoestima dos pequenos.

Não existe um modelo ideal de criação de filhos e erros na crianção são comuns e involuntário na maior parte das vezes. No entanto, uma dica valiosa para conseguir ponderar as atitudes equivocadas, segundo a profissional, é se colocar no lugar da criança e se fazer a pergunta: "eu gostaria que estivessem fazendo isso comigo?".

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